Garantia de um futuro tranquilo

Planos permitem manter o padrão de vida após a aposentadoria e também realizar projetos e sonhos

Desde 1940, a expectativa de vida dos brasileiros aumentou 31,1 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados pela Agência Brasil. Só de 2018 para 2019 – comparação mais recente da organização –, a dos homens passou de 72,8 para 73,1, e a das mulheres de 79,9 para 80,1 anos.
Se esse fato já justifica a necessidade de planejar o futuro, poupando recursos para manter o mesmo padrão de vida depois da aposentadoria, ele não é o único. Contratar um plano de previdência privada pode tanto assegurar a qualidade de vida no período em que, em geral, há mais necessidade de cuidados com a saúde – e consequentemente, mais despesas –, como proporcionar a realização de grandes projetos de vida.
Com mais tempo livre para usufruir, é possível usar os recursos acumulados para adquirir um sítio ou casa na praia, montar uma charmosa cafeteria, fazer uma longa viagem ou conhecer o mundo, por exemplo. Outra possibilidade é poupar para beneficiar filhos e netos com o custeio da faculdade ou a compra do primeiro imóvel.
“Observamos que a sociedade está mais sensível ao tema, mas essa ainda não é propriamente uma característica dos brasileiros”, reconhece o diretor da Bradesco Vida e Previdência, Jair Lacerda, para quem, neste momento de grave crise sanitária, aumenta a responsabilidade de conscientizar as pessoas sobre a importância do planejamento financeiro e da preparação para o futuro. “Temos buscado ampliar o discurso sobre o papel da previdência como instrumento indispensável de um planejamento financeiro de longo prazo, visando à acumulação de reservas que possibilitem fazer frente a imprevistos e conquistar um futuro com qualidade de vida e bem-estar”, afirma o executivo.


A julgar pelos resultados do setor, a estratégia de sensibilização tem sido bem-sucedida. Em fevereiro, último mês de dado apurado pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), as reservas de participantes dos planos de previdência privada chegaram a R$ 1 trilhão, o que representa expansão de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Outros destaques do mês, segundo a entidade, foram as marcas de R$ 9,8 bilhões de prêmios e contribuições (captação bruta) e de R$ 2,6 bilhões de captação líquida (prêmios e contribuições menos resgates). Por produto, o VGBL respondeu por 92,3% de prêmios e contribuições, enquanto o PGBL participou com 6,7%. Já por contratação, os planos individuais corresponderam a 86,9%, os coletivos a 11,8%, e os destinados a beneficiar menores de idade a 1,2%.




Planejamento é o primeiro passo

Em edição especial do podcast que integrou a 7ª Semana Nacional de Educação Financeira, ocorrida em novembro do ano passado, o representante da Comissão de Produtos por Sobrevivência da FenaPrevi, Sandro Bonfim, expôs as principais dicas que as pessoas devem adotar antes de contratar um plano de previdência privada aberta.
Uma delas é traçar os projetos futuros e planejar a forma de realizá-los. “O primeiro passo é organizar o orçamento familiar de maneira que haja a possibilidade de direcionar ao menos uma parte da renda pra investimentos de curto, médio ou longo prazo”, diz ele. Feito isso, é importante definir os projetos de vida e a época na qual se pretende realizar cada um deles, pois, se há clareza desses objetivos e dos prazos, é maior a motivação para se organizar para o futuro. “Para os projetos de médio e longo prazos, a previdência privada se mostra uma ótima ferramenta para o acúmulo de recursos, porque tem benefícios tributários, além de uma característica que acaba incentivado a disciplina: o fato de as contribuições serem mensais, de forma que acabam entrado no orçamento de maneira muito mais natural”, acrescenta Bonfim.
Acompanhar a evolução do plano contratado é outra recomendação do executivo, o que permite fazer ajustes em razão de alteração no padrão de vida. “Isso é comum”, comenta, acrescentando que muitas pessoas adquirem um plano quando jovens e depois se casam, têm filhos, evoluem profissionalmente e em termos de renda. Assim, vão precisar de contribuições adicionais, de aportes extras. “É importante que, anualmente, a pessoa veja se sua contribuição ainda está aderente à sua necessidade e permitirá que atinja os objetivos. Pode ser que tenha de aumentar um pouco, fazer revisão em suas teses de investimento.”
A alocação dos fundos e a estratégia de investimentos também devem ser acompanhadas, segundo ele, porque no início de um plano de previdência, quando o contratante tem ainda muito tempo para acumular, é mais adequado estar em investimento de renda variável, que eventualmente confira um pouco mais de rentabilidade no médio e longo prazos. Mas à medida que o beneficiário vai chegando perto da data de utilizar o recurso, o ideal é que vá direcionando um pouco menos de recurso em renda variável e um pouco mais em renda fixa, para ampliar a proteção do capital.



Sistema



Escolha deve considerar perfil do investidor

Fundos de investimento que compõem os planos têm diferentes graus de risco e rentabilidade

A previdência privada é um investimento de longo prazo, em que os recursos aplicados acumulam ao longo de determinado período até serem resgatados pelo contratante para complementar a aposentadoria garantida pelo governo (INSS) ou realizar diferentes projetos de vida. Compostos por fundos de investimento, os planos de previdência são ofertados por instituições autorizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que se comprometem a pagar uma renda ao investidor no fim do período de contribuição. Ela pode ser mensal vitalícia, mensal por tempo estabelecido ou resgatada de uma só vez.
Entre as recomendações aos interessados em contratar um plano de previdência, feitas pelo representante da Comissão de Produtos por Sobrevivência da FenaPrevi, Sandro Bonfim, está o de considerar o próprio perfil justamente para se alinhar ao investimento pretendido. Segundo ele, embora a escolha possa ser alterada a qualquer momento, durante o ciclo de contratação, ela é importante pelo fato de os produtos contarem com diversos tipos de fundos de investimento. “Há desde fundos totalmente de renda fixa até outros com parcelas mais elevadas em fundos variáveis: as ações. Nesse cenário de escolha do fundo e perfil do investidor, temos de ter em mente que estamos vivendo um momento único no Brasil, com taxas de juros muito baixas. Então, principalmente para quem tem uma visão de investimento de mais médio e longo prazos, é interessante buscar fundos com diversificação com parcelas em renda variável, com maior potencial de rentabilidade no médio e longo prazos, ainda que exista certa oscilação no curto prazo”, explica. “Assim, os fundos de renda fixa, puros, ficarão cada vez mais restritos ao objetivo de proteção de patrimônio, para as pessoas que já estão muito próximas da data de utilizar o recurso e já não podem mais correr risco de ter uma perda um pouco mais significativa no patrimônio”, completa.

TAXAS E RENTABILIDADE

Outro foco de atenção de quem pretende investir em um plano de previdência são as taxas incidentes e a rentabilidade proporcionada pelas seguradoras. Bonfim explica que em geral há três taxas: a de administração financeira, cobrada sobre o total de recursos investido, que visa custear as despesas de administração do montante e do gestor dos fundos; a de carregamento, que incide sobre cada contribuição feita ao plano e tem como objetivo cobrir despesas de corretagem; e uma terceira, que vem incidindo com o desenvolvimento de fundos mais sofisticados, a de performance, que equivale a um prêmio pago ao gestor do fundo quando a rentabilidade supera determinado parâmetro. “É importante comparar as instituições e verificar as melhores ofertas antes de contratar, além de considerar, na avaliação do desempenho dos fundos, sempre a rentabilidade líquida. Isso porque às vezes um fundo cobra uma taxa um pouco maior, mas entrega também uma rentabilidade superior”, observa o executivo, lembrando que as comparações devem ser feitas sempre entre fundos da mesma natureza.




Entenda as diferenças

Três outros aspectos devem embasar a decisão de optar por um plano de previdência privada: a modalidade, o regime de tributação de resgate e a forma de receber os recursos ao fim do período de contribuição. Veja as diferenças entre cada um deles, expostas por Sandro Bonfim.

São duas as modalidades: o Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) e o Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL). Para escolher a mais adequada às necessidades e utilizar os benefícios tributários, deve ser considerado o tipo de declaração de Imposto de Renda (IR) feito pelo contratante.
O PGBL é indicado para quem realiza a declaração completa porque o produto permite fazer o abatimento das contribuições do IR até o limite máximo de 12% da renda bruta anual. Ou seja, quem ganha R$ 100 mil por ano pode abater até R$ 12 mil dessa renda com aportes em plano de previdência, exemplifica Bonfim. “É importante lembrar também que, no PGBL, no caso de resgate ou pagamento de benefício, o contratante será tributado sobre o total que resgatar ou receber como benefício porque teve um incentivo fiscal no início do plano”, complementa. Já o VGBL é indicado para quem é isento do IR ou utiliza o formato simplificado da declaração, porque não permite abater os aportes realizados.



Essa é uma escolha muito importante no momento da adesão. São duas tabelas: a regressiva, definitiva, e a progressiva, compensável. Na regressiva definitiva o contratante será tributado de acordo com o tempo decorrido de cada aporte, até o momento do resgate. A tabela inicia com um imposto de 35%, que vai decrescendo ao logo do tempo, chegando a um patamar mínimo de 10% após dez anos. O imposto nessa tabela é retido na fonte e definitivo, ou seja, não é compensável no IR anual. “Esse tipo de tabela penaliza um pouco mais as pessoas que ficam menos tempo no plano, mas traz um benefício bem importante aos que têm uma visão de mais longo prazo – que vão acabar pagando um pouco menos de imposto” observa Bonfim.
A tabela progressiva compensável segue a mesma linha lógica da tabela do salário, utilizada na declaração anual do IR. Nesse caso, quando ela é a escolhida e o contratante faz um resgate no plano de previdência, terá uma retenção inicial de 15%, que será compensada na declaração anual de IR, com base na tabela que estiver em vigor.
Segundo o executivo da FenaPrevi, para decidir entre as duas é importante levar em conta o tempo que o investidor tem até a realização de seu projeto de vida, assim como a forma como pretende utilizar os recursos: resgate ou renda. “Normalmente, se for utilizar pra fazer um resgate total, a tabela regressiva é a mais adequada. Mas se a opção for converter em renda ou fazer resgates parciais, a tabela progressiva também pode ser interessante.”

A forma como o investidor vai receber o recurso pode ser definida no momento da aquisição do plano, mas também alterada a qualquer tempo. Quem está começando a aderir ao sistema tem muito tempo para essa escolha, diferentemente dos que estão perto de utilizar. Os produtos de previdência são muito flexíveis. O participante pode optar por receber o recurso na forma de resgate parcial, à medida que necessite de uma complementação de renda, de algum bem ou realizar algum objetivo específico; resgatar integralmente, caso queira, por exemplo, abrir um negócio; receber uma renda por prazo predefinido, de cinco ou dez anos, por exemplo – caso em que, se o titular do plano falecer, essa renda será transferida a um beneficiário por ele indicado; ou optar por renda vitalícia, paga durante toda a sua vida.
A modalidade de recebimento pode ser estabelecida mais perto da data de recebimento do recurso e depende muito dos objetivos e estágios de vida de cada participante. No entanto, Bonfim lembra que no mundo e no Brasil, as pessoas vêm vivendo cada vez mais. Então, para aproveitar esse tempo a mais de vida com muita qualidade, é fundamental iniciar a poupança o quanto antes e avaliar, com apoio de um especialista, a forma de recebimento também mais adequada às necessidades.



Diferenciais



Portfólios inovam para se ajustar ao mercado

Recentes lançamentos incluem produtos comprometidos com aspectos socioambientais

Atentas às necessidades de um público cada vez mais exigente, as empresas que atuam no segmento de previdência privada investem continuamente em soluções inovadoras. O Bradesco Vida e Previdência, por exemplo, ampliou sua grade de planos individuais e empresariais buscando justamente atender à demanda dos clientes por maior diversidade de fundos previdenciários e ajustar o portfólio à realidade do mercado. Só para os segmentos Prime e Alta Renda, foram lançados nos últimos meses 28 produtos, incluindo fundos de ações, multimercados e de renda fixa, com gestão da Bradesco Asset Management (BRAM) e de terceiros, para clientes com diferentes perfis.
Entre os novos produtos, o diretor na organização, Jair Lacerda, destaca a Família Seleção de fundos de previdência multimercados. Com patrimônio líquido ultrapassando os R$ 2 bilhões, os diferentes perfis atendem todos os públicos investidores, do conservador ao arrojado. “Com mais de 30 gestores à frente das estratégias, entre eles Black Rock, JP Morgan, Quasar, Western e Wellington, além da BRAM, a diversificação de portfólio é feita em dois níveis – por classe de ativos e por expertise do gestor na classe –, o que faz com que os resultados sejam cada vez mais consistentes”, afirma o executivo.
Ele ressalta também o lançamento de dois fundos de previdência privada formados por empresas com alto grau de comprometimento ambiental, responsabilidade social e governança corporativa. São eles o Bradesco Princípios ESG Global Fixed Income Crédito Privado PGBL/VGBL, que concentra investimentos em renda fixa, e Bradesco Princípios ESG Equities Global PGBL/VGBL, direcionado à renda variável. “Ambos contemplam alocação em ativos locais e internacionais, com exposição de até 40% no mercado internacional”, orienta. Os novos fundos são administrados pela BRAM, segunda maior gestora de fundos da categoria Anbima de Ações de Sustentabilidade/ Governança. Signatária há dez anos dos princípios para o Investimento Responsável da ONU, a BRAM é a única asset da América Latina a integrar a força-tarefa sobre divulgações financeiras relacionadas ao clima e participar do ICP – Investidores pelo Clima.
Alinhada ao movimento de retomada da estabilidade, a carteira de Previdência da Bradesco Vida e Previdência atingiu R$ 252 bilhões no primeiro trimestre de 2020, crescimento de 6,0% em relação ao mesmo período do ano passado. A companhia também manteve a liderança em arrecadação em Planos Empresariais, com 40,5% de market share no VGBL e 39,3% no PGBL, segundo o diretor Jair Lacerda.

Tecnologia é aliada na contratação e no acompanhamento dos planos

Se a adoção de tecnologia já era crescente como facilitador das tarefas do dia a dia, ficou ainda mais evidente nesta época de Covid-19, em que compras, consultas médicas e aulas passaram a ser feitas remotamente. Com a contratação de investimentos, não tem sido diferente. Na esteira das mudanças aceleradas pela pandemia, o Bradesco Vida e Previdência ampliou e aprimorou seus canais digitais de comercialização, com aplicativos disponíveis aos gerentes para vendas online, incluindo ferramenta para mobile e assinatura eletrônica por biometria. “Mais de 200 mil propostas de planos de previdência privada foram validadas pelo aplicativo do Bradesco até o momento”, diz Jair Lacerda, diretor na instituição.
Outras empresas do segmento lançam mão de recursos que permitem tanto a contratação mais adequada de planos de previdência como o acompanhamento do andamento do contrato. O BTG Pactual, por exemplo, mantém em seu portal um simulador que permite aos interessados identificar o produto mais adequado ao eu perfil. A Caixa também dispõe do serviço, assim como a Icatu Seguros e a MAG Seguros que, em seus sites, ainda trazem conteúdo relacionado aos produtos.
Já o desempenho dos fundos de investimentos previdenciários pode ser conferido no site da Superintendência de Seguros Privados (Susep) – www.susep.gov.br, no campo Serviços ao Cidadão. A ferramenta reúne a classificação de cada fundo por seguradora/entidade, considerando o desempenho ajustado ao risco. A metodologia adotada foi debatida no âmbito da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e da FenaPrevi. A ideia, segundo a Susep, é que o consumidor tenha mais transparência na avaliação final, considerando não apenas a rentabilidade do fundo, mas também as bases técnicas, como taxa de juros e tábua biométrica, utilizadas na composição do produto. Com a iniciativa, a entidade espera ampliar a concorrência no mercado e, consequentemente, reduzir taxas e custos.

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