Os resultados do terceiro trimestre
de 2016 no setor de
previdência privada aberta foram
os melhores do ano, segundo dados
da Federação Nacional de Previdência
Privada e Vida (FenaPrevi).
Na avaliação da entidade, a área vive
uma recuperação no volume de
novos depósitos para acumulação
de recursos de longo prazo, com
foco na aposentadoria. De acordo
com o presidente da FenaPrevi,
Edson Franco, mesmo diante de
um cenário econômico adverso,
as contribuições tiveram bom desempenho,
já que “os planos se tornam
cada vez mais um importante
mecanismo de proteção para os
brasileiros que buscam constituir
reserva de longo prazo para usufruir
renda no futuro”.
Os aportes a planos abertos de
caráter previdenciário (PGBLs e VGBLs),
somaram R$ 26,07 bilhões no
terceiro trimestre de 2016, evolução
de 24,02% na comparação
com o mesmo período do
ano anterior, quando as
contribuições chegaram
a R$ 21,02 bilhões. No
acumulado dos primeiros
dez meses do ano (janeiro
a outubro), também de
acordo com a FenaPrevi,
os aportes totalizaram R$
86,91 bilhões, crescimento
de 18,29% em relação
aos dez primeiros meses
de 2015.
Só os planos empresariais
movimentaram R$
11,06 bilhões em contribuições
de janeiro a outubro
deste ano. A previdência
privada empresarial é uma
excelente ferramenta de atração
e retenção de talentos, sem grandes
ônus para o empregador. Para Franco,
“hoje em dia, um profissional
não procura apenas um bom salário,
mas também um projeto de vida que
proporcione segurança a ele e a sua
família. E as empresas mais desejadas
são as que oferecem aos seus
empregados condições de trabalho
adequadas, plano de carreira e plano
de saúde e mantenham, também, plano
de previdência privada aberta”, diz
o presidente da FenaPrevi.
Hoje, 12.603.254 brasileiros têm planos de previdência privada aberta. E o crescimento de 58% neste ano no número de novas propostas recebidas pela Porto Seguro é outro indicativo do bom momento vivido pelo setor. “A principal razão é que as pessoas estão começando a entender que o teto ou o benefício que elas imaginam que receberão da Previdência Social não será suficiente para manter seu padrão de vida no futuro, em razão do nível de despesas que terão quando se aposentarem”, afirma Fernanda Pasquarelli, superintendente de Vida e Previdência da Porto Seguro. A empresa registrou ainda aumentos de 38% no volume de aportes no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2015, de 125% na quantidade de novos aportes e de 21% no volume de ativos sob gestão. Para Fernanda, além do impacto causado pela reforma da Previdência Social (saiba mais no boxe ao lado), as razões desse crescimento são a busca por uma alternativa viável para a aposentadoria em uma instituição como a Porto Seguro, “com atendimento reconhecidamente humano e solidez suficiente para estar lá no futuro quando o cliente ‘bater à porta’ para requerer a sua aposentadoria”. Amparados por esse desempenho e pelo cenário, a Porto Seguro tem como expectativa para 2017 crescer 20%, “aproveitando a melhor conscientização da população em virtude das mudanças na Previdência Social”, justifica a superintendente.
Caminhos para a reforma
da Previdência Social
Na avaliação da FenaPrevi., o aumento da longevidade e a queda
na taxa de natalidade exigem mudanças econômicas, sociais e culturais.
Assim, os brasileiros precisam se preparar para ter uma renda
complementar quando pararem de trabalhar, já que o Estado não terá
condições de prover aposentadorias de acordo com o atual modelo.
“A discussão sobre a reforma da Previdência Social é urgente e precisa
ser apartidária e conduzida de forma transparente. A FenaPrevi.
defende dois tipos de reformas: uma paramétrica e de curto prazo, e
estrutural, com foco no futuro e que contemple quem irá integrar o
mercado de trabalho. É um modelo de estabilidade financeira e de
sustentabilidade, com senso de justiça social. É importante eliminar
privilégios e concessões de determinadas classes para se chegar a uma
previdência única e universal”, defende Edson Franco, presidente da
organização.
Para isso, a FenaPrevi. defende quatro pilares: social; da contribuição
específica para o sistema previdenciário; individual, em que cada
indivíduo poupe em regime de coparticipação; e o pilar da previdência
complementar. “Existem alternativas e soluções. Essas medidas são
necessárias, mas impopulares, porque ninguém quer abrir mão do
seu direito. Por isso, o debate honesto com toda sociedade é fundamental”,
diz o executivo.
Em linha com o desempenho do setor de previdência privada aberta, o de seguro de pessoas apresentou o melhor resultado da série histórica do ano: no primeiro trimestre, registrou expansão de 2,97% na comparação com o mesmo período do ano anterior; no segundo, o crescimento foi de 4,39% e, no terceiro, de 5,3%. A justificativa, de acordo com a FenaPrevi., é a melhoria do ânimo, que vem ocorrendo desde o início de 2016. “O brasileiro está mais consciente da necessidade de adquirir proteção para riscos pessoais, o que impulsionou o mercado. Os seguros de pessoas, que incluem os de vida, acidentes pessoais, viagem e educacional, entre outras modalidades de proteção, registraram no terceiro trimestre deste ano R$ 7,73 bilhões em prêmios (valor pago pelos segurados para contratação de coberturas para seus riscos pessoais)”, diz o presidente da entidade, Edson Franco. A superintendente de Vida e Previdência da Porto Seguro, Fernanda Pasquarelli, observa que o setor de seguro de vida no Brasil tem grande espaço para crescer. “Hoje apenas 12% das pessoas que mantêm algum tipo de seguro no Brasil têm um de vida. Ainda há a falsa percepção de que seguro de vida é caro e que a pessoa que contrata não vai usufruir”. A empresa mantém 7,1 milhões de vidas entre Seguro de Vida Individual, Acidentes Pessoais, Vida em Grupo e Seguro Viagem e, para 2017, espera crescer em torno de 30% em seguros de vida individuais.
A previdência privada, por sua característica de longo prazo, é instantaneamente ligada à renda complementar na aposentadoria. Contudo, pode constituir uma reserva para realização de outros objetivos de vida e, por isso, deve estar na mira de investimentos ideais para crianças e jovens. Além disso, por levar em consideração todo o período de contribuição, quanto antes começar um plano de aposentadoria privada complementar, melhores serão os rendimentos no futuro. Por isso também, quem quer poupar para a aposentadoria e começar cedo a investir em previdência privada pode optar por aplicações em fundos mais agressivos, nos quais o dinheiro é investido em renda fixa e renda variável (em ações, por exemplo), e os investidores mais jovens têm a oportunidade de recuperar os ganhos se, por flutuações de mercado, a rentabilidade do fundo for baixa em determinado tempo. O investimento em previdência privada pode também ser o ideal para custear os estudos universitários, comprar o imóvel próprio ou o primeiro automóvel. Tudo depende do início da aplicação e dos valores aportados a cada mês pelos pais, responsáveis, padrinhos e outros familiares. Cientes desse compromisso, diversas seguradoras mantém produtos destinados especificamente ao público infantil. É o caso da Brasilprev, que possui o plano Brasilprev Júnior, um dos mais importantes do portfólio da empresa. O produto visa ofertar a oportunidade de formar uma reserva para a realização de um projeto de vida de filho, sobrinho ou netos e, assim, as contribuições têm início nos primeiros anos de vida e vão até os 21 anos.
ProdutosJá o plano de previdência infantil da Porto Seguro é uma boa oportunidade para a conscientização das novas gerações que vão aprendendo como poupar para a independência financeira. Com esse foco, o produto ajuda a ensinar as crianças a lidar com dinheiro desde cedo, tornando-as mais independentes financeiramente. Outra que mantém produtos específicos para o público infantil é a Bradesco Seguros. São diversos planos, como os Prev Jovem PGBL e VGBL, indicado para pais e responsáveis com filhos ou dependentes menores de 21 anos e aliados no custeio dos gastos educacionais; e o De Pai para Filho Geração 2, que assegura renda mensal aos filhos e dependentes menores até que eles completem 24 anos, no caso de falecimento do responsável e titular. Parte da reserva acumulada também pode ser resgatada depois de 24 meses de contribuição, calculada conforme tabela de fatores do plano. De olho no futuro dos jovens e crianças, a Icatu Seguros também possui planos para ajudar a realizar vários projetos de longo prazo, como o pagamento da educação dos filhos, a conquista de um sonho de consumo e a aquisição de um negócio próprio. Por meio dos simuladores da companhia (saiba mais na página 2), é possível optar pelo produto mais adequado.
Tão importante quanto
o tipo de declaração de
IR é considerar o sistema
de tributação incidente sobre
o plano de previdência
privada. O poupador pode
escolher entre o progressivo
e o regressivo e usufruir
as vantagens de cada um, de
acordo com a intenção de
investimento.
No progressivo, a tributação
se dá, como o nome
indica, conforme a tabela
progressiva do Imposto
de Renda (IR), com faixas
atualizadas todo ano. O
recolhimento é de 15% na
fonte, independentemente
do valor, e, caso seja necessária
uma compensação,
ela ocorre na Declaração
de Ajuste Anual.
Ou seja,
se o valor recebido for
tributado pela alíquota de
27,5%, a diferença entre esse percentual e os 15%
já pagos deve ser acertada
na entrega da Declaração de
Ajuste Anual do ano fiscal
de referência do pagamento.
Já aos que recebem benefício
de aposentadoria, os
valores são tributados de
imediato, com base da tabela
progressiva mensal do
Imposto de Renda da pessoa
física.
No sistema de tributação
regressiva, por sua vez,
o recolhimento é definitivo
na fonte e, por isso, não
há compensação na Declaração
de Ajuste Anual
de Imposto de Renda. No
entanto, também como diz
o nome, as alíquotas vão regredindo
com o tempo de
investimento.
Essas diferenças apontam
que o sistema progressivo é
mais indicado aos investidores
com visão de curto prazo,
que irão se aposentar em
breve e/ou que usufruirão o
benefício da aposentadoria
em valor menor do que a
faixa isenta da tabela.
O regime regressivo, por
outro lado, é mais vantajoso
aos que planejam poupar
por mais tempo via plano de
previdência privada, uma vez
que quanto mais longo for o
período de aplicação do recurso,
menor será a alíquota
de Imposto de Renda, como
mostra a tabela ao lado.
Embora o participante defina, na contratação,
a modalidade de renda que
deseja receber no futuro, é possível alterá-
-la antes de se desligar do plano. No PGBL e VGBL, há seis tipos:
Mensal vitalícia: Paga exclusivamente
ao participante enquanto viver. Não
prevê devolução do acumulado, ou seja,
se ele morrer seis meses depois de
começar a receber, o benefício não será
mais pago.
Mensal temporária: Paga ao participante
durante o período indicado por ele na
contratação. Cessa com a morte dele ou
com o término do prazo escolhido – o
que ocorrer primeiro.
Mensal vitalícia: com prazo mínimo
garantido: O participante define o
prazo mínimo garantido de recebimento
e, caso morra antes desse prazo, enquanto
estiver usufruindo o benefício o
valor é destinado ao beneficiário.
Mensal vitalícia: reversível ao beneficiário:
No caso de morte do participante,
o beneficiário recebe até o fim da
vida o percentual definido na contratação.
Se o beneficiário morrer antes do
participante ou enquanto estiver recebendo,
a reversibilidade é extinta.
Mensal vitalícia: reversível ao cônjuge:
Se o participante morrer enquanto
estiver usufruindo a renda, o cônjuge
recebe até o fim da vida o percentual
predeterminado. Se o cônjuge também
morrer, um percentual preestabelecido
é pago temporariamente aos filhos.
Financeira: O participante define o valor
que receberá mensalmente, com pagamento
limitado ao número de meses
previsto no regulamento do plano. No
caso de sua morte durante o período
de pagamento, a renda mensal vai para
o beneficiário indicado, de acordo com
o percentual escolhido.
Como em todo investimento, antes de
optar por um plano de previdência
privada, os interessados devem estudar as
alternativas disponíveis no mercado e suas
características, de forma a alinhar a escolha
ao próprio perfil. Levar em conta a
declaração de Imposto de Renda (IR) ajuda
a definir, por exemplo, se é mais adequado
contratar a modalidade Plano Gerador de
Benefício Livre (PGBL), ou a Vida Gerador
de Benefício Livre (VGBL).
O PGBL é indicado ao poupador que declara
IR pelo formulário completo, já que
possibilita a dedução dos valores depositados
da base de cálculo em até 12% da renda
bruta anual. Além da redução do imposto
a pagar, o contribuinte pode até ter direito
à restituição.
O VGBL se ajusta mais ao contribuinte
que declara IR pelo formulário simplificado:
que se enquadra na faixa de isenção ou já
atingiu o limite de dedução previsto para a
previdência privada, de 12% da renda bruta.
Outra diferença é que no PGBL o
Imposto de Renda incide sobre o
valor total do resgate ou do benefício
recebido e no VGBLapenas
sobre o montante dos rendimentos
auferidos.
Para as empresas, o potencial de expandir o alcance geográfico de seus produtos é uma das grandes vantagens, assim como a possibilidade de formar uma rede comercial engajada e em contato constante com os consumidores – benefício também para o comprador final. Isso porque a venda direta envolve atendimento personalizado e focado. O empreendedor adquire conhecimento dos desejos e das necessidades, ofertando produtos específicos para cada cliente e, assim, ganha sua confiança e agrega mais valor à marca que representa. Além do quê, nas grandes cidades, ser atendido em casa e por profissionais que realmente conhecem os produtos que vendem é quase um luxo.
O Mesmo que tenham analisado com cautela os planos antes da contratação, os investidores que mudarem de ideia em relação à escolha feita, seja por que sua condição agora é outra, seja por estar em busca de mais rentabilidade e taxas menores, podem lançar mão da portabilidade. O recurso se aplica tanto entre planos de uma mesma empresa quanto ofertados por seguradoras diferentes. É possível fazer a migração quantas vezes forem necessárias, sem taxas e incidência de impostos, porém respeitando-se o período de carência – de no mínimo 60 dias. Há, no entanto, algumas limitações na transação. Não é permitido, por exemplo, mudar de modalidade, como de um VGBL para um PGBL e vice-versa. A única maneira de fazer isso é resgatando os recursos e aplicando tudo novamente no outro plano, o que pode incluir cobrança de IR sobre o recurso retirado, de acordo com o regime tributário escolhido e em vigor na fase do resgate. Também não é possível migrar de um plano sob regime tributário regressivo para outro contratado em regime progressivo.
Com apenas alguns cliques
– no computador,
tablet, smartphone ou iPhone –,
é possível ao usuário estimar
a idade com a qual deseja se
aposentar, a renda necessária
para manter o padrão de vida
planejado e o valor e tempo
de contribuição necessários
a um plano de previdência
privada para assegurar a
tranquilidade futura. Praticamente
todas as empresas do
setor mantêm simuladores,
por meio dos quais é possível
fazer comparações, pesquisar
condições e definir a melhor
escolha.
A Brasilprev é uma delas.
No site da companhia é possível
acessar a ferramenta e
optar por fazer a simulação
com áudio e vídeo ou sem
os dois recursos. A Porto Seguro Previdência também
dispõe de simulador
no portal, em que
respondendo a
algumas perguntas
simples,
o usuário
visualiza
o valor
acumulado
ao final do
plano. Outra
aliada para sanar
dúvidas e entender
melhor o sistema é a página
Previdência do site do Bradesco
Seguros, que apresenta
ainda os planos ofertados
pela companhia sob medida
a cada necessidade de investidor.
Já a Icatu Seguros mantém
o Target, simulador gratuito
disponível na Apple Store e
no Google Play e passível de
ser utilizado nos principais
smartphones e tablets do mercado.
O aplicativo armazena
os resultados de todas as simulações
realizadas, de forma
que o usuário possa verificar
como a quantia necessária
para a aposentadoria muda
conforme suas despesas
mensais se alteram,
ou seja, comparar
o comportamento
dos gastos
ao longo da
vida. “O Target
é o único
simulador de
aposentadoria
no mercado que
calcula gastos detalhados
de despesas básicas do dia a
dia para que o participante
não invista menos do que o
necessário para a aposentadoria”,
assegura Rodrigo Padová,
gerente de Marketing
da Icatu Seguros .
Para fazer a simulação é
necessário informar o gasto
médio com habitação,
alimentação,
saúde, transporte,
lazer ou
despesas pessoais
e educação.
O diferencial
é que
a ferramenta
faz uma estimativa
sobre
a evolução
dos gastos
do investidor,
mostrando
como algumas despesas de
hoje tendem a serem maiores
no futuro – a exemplo das
relacionadas à saúde. Já outras
tendem a diminuir, como
educação.
Em vez de apontar uma
única opção de investimento,
o recurso cria cenários de
simulação, em que o usuário
pode avaliar outras alternativas,
como fazer aplicação
mais arrojada, adiar a aposentadoria
ou iniciar seu
plano de previdência com
metade do valor indicado,
como forma de estímulo
à adesão. O Target inclui
ainda a função Estudo de
Previdência, por meio da
qual o usuário dispõe de informações
referentes a sua
aposentadoria, com resumo
de seus dados e opções de
renda mensal após parar de
trabalhar: Vitalícia, Temporária
e Prazo Certo.
A Icatu dispõe de outros
recursos para auxiliar
o poupador, como o Rumo
Aos Cem, simulador com
perguntas sobre as características
pessoais e o modo
de vida do usuário que, no
final, apresenta a estimativa
da expectativa de vida dele; o
Na Medida, primeiro simulador
do mercado que indica,
simultaneamente, quais
os valores necessários para o
seguro de vida e a previdência;
o Meu IR, desenvolvido
para auxiliar na identificação
do tipo de Declaração Anual
de Imposto de Renda mais
adequado; e o Checkup Financeiro,
que, com apenas
uma pergunta (data de nascimento),
entrega um “raio-
-x” da vida financeira do
usuário: quanto tempo tem
até se aposentar, quanto deveria
ter poupado e quanto
deve investir mensalmente
para alcançar os objetivos.
Os dados são editáveis, o
que permite a simulação de
diversos cenários.
A escolha do plano e da instituição mais adequados a cada estilo e objetivos de vida e investimento é o primeiro importante passo do planejamento futuro. Após definir o tipo de plano e de sistema de tributação – PGBL ou VGBL, regressiva ou progressiva (saiba as diferenças e vantagens de cada modalidade na página 2) –, é hora de definir qual seguradora irá gerir o recurso. A primeira dica é pesquisar sobre a idoneidade e reputação a partir do histórico da instituição e do número e natureza de reclamações no Procon e em sites como o Reclame Aqui e o Consumidor.gov.br, serviço público monitorado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). Isso ajuda a medir a solidez da seguradora, o que é de extrema importância, já que a previdência privada pressupõe relação de longo prazo. As seguradoras (é possível conferir as associadas à Federação Nacional de Previdência Privada e Vida - FenaPrevi) no link:www.cnseg.org.br/fenaprevi/associadas) cobram taxa de administração, que, como o nome sugere, destina-se à remuneração pela prestação do serviço de administração do investimento. O valor fica a critério da gestora e varia de acordo com as condições comerciais do plano contratado. Outra taxa que pode incidir é a de carregamento, que, como a de administração, deve ser avaliada, pois interfere na rentabilidade do plano. A taxa pode ser cobrada no momento de cada aporte, na retirada de recursos ou em ambas as situações e deve constar do regulamento do plano. Há produtos que extinguem essa cobrança após determinado tempo de aplicação e outros que a atrelam ao saldo investido – caso em que quanto maior o valor aplicado, menor é a taxa.
A primeira edição do Seminário
Susep de Educação Financeira,
promovida em maio, foi marcada pela
assinatura de protocolo de intenções
por representantes de entidades
do setor (confira abaixo) com vistas
ao desenvolvimento de iniciativas relacionadas
à Estratégia Nacional de
Educação Financeira (Enef). A Enef
visa disseminar informações e, assim,
incentivar os cidadãos a refletirem a
respeito da importância da promoção
de conhecimento e orientação para
fomentar o hábito de poupar e trabalhar
em prol da educação financeira.
Além das organizações representativas
dos segmentos de seguro e
previdência privada, as empresas
dessas áreas também enxergam o
tema como importante aliado para o
desenvolvimento do mercado. Uma
delas é a Icatu Seguros, que mantém
o projeto Plataforma do Conhecimento
(www.icatuseguros.com.br/
plataformadoconhecimento) com o
propósito de ajudar as pessoas a planejarem
o futuro financeiro por meio
de conteúdos em diversos formatos.
“Sabemos que estabelecer a cultura
de educação financeira no Brasil é
um grande desafio, pois a maior parte
da população possui pensamento
imediatista e não se planeja para o
futuro. Por isso, entendemos que é
nossa responsabilidade, enquanto
seguradora de pessoas, ajudar a promover
essas mudanças na sociedade”,
afirma Aura Rebelo, diretora de
Marketing e Canais da companhia.
Além da Plataforma do Conhecimento,
a Icatu foi a primeira seguradora
a participar de projeto da Enef
ao firmar parceria com a AEF-Brasil
para apoiar o piloto de Educação
Financeira em Escolas do Ensino
Fundamental. O objetivo foi aplicar
avaliação de impacto em cerca de 20
mil alunos e 2 mil professores em escolas
de Joinville (SC) e Manaus (AM).
Entre as iniciativas da Plataforma
do Conhecimento estão simuladores
e aplicativos (leia sobre eles na página
2), além dos seguintes recursos:
Vivendo e Aprendendo: Advergame
(união de jogo e publicidade)
para ensinar o funcionamento de
produtos financeiros de forma lúdica
e divertida. Os usuários participam
da história de um jovem
detetive com capacidade de viajar
no tempo e que precisa resolver
situações cotidianas. O Vivendo
e Aprendendo mostra as consequências
das decisões financeiras
de hoje e como elas refletem no
futuro.
E-Learning com a FGV On Line:
Série de cinco cursos online gratuitos
que auxiliam a organizar
e a iniciar investimentos: Como
organizar o orçamento familiar;
Como fazer investimentos – básico
e avançado; Como planejar
a aposentadoria; e Como gastar
conscientemente.
Para crianças: As atividades visam
desenvolver os conceitos de proteção,
planejamento, poupança e
longo prazo, além de incentivar o
raciocínio e a criatividade. Na parte
dos jogos, há dicas para os pais
e, na das atividades para imprimir,
há uma extensa cartilha com a
continuação do aprendizado dos
jogos.
Vídeos, entrevistas e infográfico:
A Plataforma reúne uma
série de vídeos ilustrativos sobre
os produtos, entrevistas de especialistas
que compartilham sua
visão sobre temas de proteção e
planejamento, e infográfico – forma
simples de assimilar conteúdos
mais complexos.
Ajustados ao perfil Estão disponíveis no mercado planos de previdência privada para os mais variados perfis de investidores, sendo a rentabilidade do produto diretamente ligada ao risco assumido. Para os conservadores, a busca deve ser por produtos em que os valores são investidos em títulos públicos ou privados de renda fixa, de menor risco, mas também de menor rentabilidade. Aos que buscam rentabilidade maior, mas não desejam correr grandes riscos, o indicado é aplicação em fundos de investimento conhecidos como moderados e cujos planos estão atrelados a fundos compostos, que misturam rendas fixa e variável. Já para quem possui um perfil mais agressivo e está disposto a correr riscos maiores de perdas para aumentar o capital acumulado, a opção são os fundos com uma parcela dos ativos investidos em ações.
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